como vencer problemas de indisciplina na sala de aula / O QUE É UMA CLASSE INDISCIPLINADA? - O QUE O PROFESSOR PODE FAZER PARA TER CONTROLE PERANTE SITUAÇÕES DE INDISCIPLINA? SABEMOS QUE PARA OBTER DISCIPLINA EM QUALQUER AMBIENTE EM QUE VIVEMOS NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR DE RESPEITO. O PAPEL DO PROFESSOR NA BUSCA PELA 'DISCIPLINA'
- O QUE É UMA CLASSE INDISCIPLINADA?
- O QUE O PROFESSOR PODE FAZER PARA TER CONTROLE
PERANTE SITUAÇÕES DE INDISCIPLINA?
A BAGUNÇA, TUMULTO, MAU COMPORTAMENTO, DESINTERESSE E DESRESPEITO
ÀS FIGURAS DE AUTORIDADE DA AS PRINCIPAIS QUEIXAS DOS PROFESSORES RELATIVAMENTE
À INDISCIPLINA SÃO:
- falta
de limite dos alunos escola e também ao patrimônio;
- alguns
professores apontam que os alunos não aprendem porque são indisciplinados em
decorrência da não imposição de limites por seus familiares;
- o
fracasso escolar seria então o resultado de problemas que estão fora da escola
e que se manifestam dentro dela pela indisciplina;
- de
acordo com esses professores, nada pode ser feito enquanto a sociedade não se
modificar.
Condutas
como essas são também observadas em outras instituições particulares e em
escolas públicas. Podemos afirmar que no mundo atual a maioria das escolas
enfrenta estas questões, que perduram há anos, sofrendo obviamente alterações
históricas de acordo com as
contingências
sócio-culturais.
A INDISCIPLINA
TORNOU-SE UM “OBSTÁCULO” AO TRABALHO PEDAGÓGICO
Atualmente a indisciplina tornou-se um “obstáculo” ao trabalho pedagógico e os professores ficam desgastados, tentam várias alternativas, e já não sabendo o que fazer, chegam mesmo em algumas oportunidades a pedir ao aluno indisciplinado que se retire da sala já que ele atrapalha o rendimento do restante do grupo. Nesses casos, os alunos são encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional. Muitas vezes há pressões por parte dos professores para que sejam aplicadas punições
Atualmente a indisciplina tornou-se um “obstáculo” ao trabalho pedagógico e os professores ficam desgastados, tentam várias alternativas, e já não sabendo o que fazer, chegam mesmo em algumas oportunidades a pedir ao aluno indisciplinado que se retire da sala já que ele atrapalha o rendimento do restante do grupo. Nesses casos, os alunos são encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional. Muitas vezes há pressões por parte dos professores para que sejam aplicadas punições
severas a esses estudantes.
-
COMO AGIR NESSA SITUAÇÃO? DE QUE FORMA AJUDAR?
O
QUE É UMA CLASSE INDISCIPLINADA?
Para
iniciarmos uma reflexão sobre essas questões, vamos destacar o que significa a palavra indisciplina a partir de
algumas definições quanto ao termo.
Indisciplina – procedimento,
ato ou dito contrário à disciplina; desobediência, desordem, rebelião.
(Dicionário Aurélio).
De acordo com o sociólogo francês François Dubet (1997),
“A DISCIPLINA É
CONQUISTADA TODOS OS DIAS, É PRECISO SEMPRE LEMBRAR AS REGRAS DO JOGO,
CADA VEZ É PRECISO REINTERESSÁ-LOS, CADA VEZ É PRECISO AMEAÇAR, CADA VEZ É
PRECISO RECOMPENSAR”. ISSO NOS COLOCA DIANTE DE UM ANTÔNIMO DE INDISCIPLINA,
NOS LEMBRANDO QUE O RESPEITO ÀS REGRAS DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO É DE
FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA O SEU FUNCIONAMENTO PLENO E QUE, CONSEQÜENTEMENTE,
A INDISCIPLINA REPRESENTA A AMEAÇA PELA DESOBEDIÊNCIA ÀS REGRAS ESTABELECIDAS.
POR ISSO DUBET RESSALTA A NECESSIDADE DOS PROFESSORES RELEMBRAREM AS REGRAS E
ESTIMULAREM O SEU CUMPRIMENTO NO DECORRER DO ANO LETIVO.
Segundo
o professor Júlio Groppa Aquino: ”O conceito de indisciplina, como toda criação
cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona
com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre
as diferentes culturas e numa mesma sociedade.”
Groppa
ressalta que a manutenção da disciplina era uma preocupação de muitas épocas
como vemos em textos de Platão e nas confissões de Santo Agostinho, de como a
sua vida de professor era amargurada pela indisciplina dos jovens que
perturbavam “a ordem instituída para seu próprio bem”.
Diante
dessa idéia de Júlio Groppa, NÃO PODEMOS
DEIXAR DE LEMBRAR DA FORMA COMO AS ESCOLAS ATÉ OS ANOS 1960, CONSEGUIAM FAZER
COM QUE SEUS ALUNOS SE COMPORTASSEM. A DISCIPLINA ERA IMPOSTA DE FORMA
AUTORITÁRIA, COM AMEAÇAS E CASTIGOS.
OS EDUCANDOS TEMIAM AS PUNIÇÕES E ESSE
MEDO LEVAVA A OBEDIÊNCIA E A SUBORDINAÇÃO. ALÉM DE SUBMETIDOS A UMA RIGOROSA
FISCALIZAÇÃO, NÃO PODIAM SE POSICIONAR UTILIZANDO-SE DE QUESTIONAMENTOS E
REFLEXÕES. OS PROFESSORES ERAM CONSIDERADOS MODELOS E, EM VIRTUDE DO
CONHECIMENTO QUE POSSUÍAM, AGIAM COMO DONOS DO SABER.
ERA O TIPO DE EDUCAÇÃO
“BANCÁRIA” : “A
educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários
e o educador o depositante” (Freire, 1998) por isso passa a ser chamada de
“educação bancária”.
Segundo
a educadora Rosana Ap. Argento Ribeiro, “a
educação bancária é classificada também como domesticadora, porque leva o aluno
a memorização dos conteúdos transmitidos, impedindo o desenvolvimento da
criatividade e sua participação ativa no processo educativo, tornando-o
submisso perante as ações opressoras de uma sociedade excludente.
O papel da disciplina na educação
bancária é fundamental para o sucesso da aprendizagem do aluno. Nela, a
obediência e o silêncio dos alunos são aspectos importantes para garantir que
os conteúdos sejam transmitidos pelos professores”.
ATUALMENTE,
NOS PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO XXI, ESTAMOS VIVENDO NUM OUTRO CONTEXTO
Influenciados por
mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais, professores e alunos, e
mesmo a própria instituição escolar, assumem um papel diferente na sociedade. Nessa nova realidade a educação bancária já
não deveria ser aplicada dentro das escolas.
ACREDITA-SE
HOJE QUE OS PROFESSORES DEVEM ESTAR MAIS PREOCUPADOS COM SEU APERFEIÇOAMENTO,
PERMITINDO QUE SEUS ALUNOS QUESTIONEM, TIREM SUAS DÚVIDAS, SE POSICIONEM.
ENQUANTO OS ALUNOS, POR SUA VEZ, TÊM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO, SE CONSIDERAM
LIVRES PARA QUESTIONAR, CRIAR E PARTICIPAR.
Outro aspecto importante quanto à educação no 3° milênio
refere-se ao fato de que a instituição escolar deveria estar mais aberta para a
participação dos pais e da comunidade em suas atividades e mesmo, nas propostas
curriculares.
François
Dubet reforça a idéia de que “OS PROFESSORES MAIS EFICIENTES
SÃO, EM GERAL, AQUELES QUE ACREDITAM QUE OS ALUNOS PODEM PROGREDIR, AQUELES QUE
TÊM CONFIANÇA NOS ALUNOS. OS MAIS EFICIENTES SÃO TAMBÉM OS PROFESSORES QUE VÊEM
OS ALUNOS COMO ELES SÃO E NÃO COMO ELES DEVERIAM SER”.
Quanto às afirmações
anteriores percebo diante da atual realidade, que alguns professores se mostram preocupados
quanto a sua formação e prática profissional enquanto uma quantidade
expressiva ainda demonstra grande resistência à reflexão e ao aperfeiçoamento
do seu trabalho por se considerarem experientes e prontos
para o
exercício do magistério.
QUANTOS AOS
ESTUDANTES ...
No
que se refere aos estudantes é possível verificar que há um grande incentivo da
família quanto aos estudos e ao mesmo tempo há um maior acesso a recursos que
facilitam e promovem o processo de ensino-aprendizagem, como livros,
computadores, internet, revistas, jornais, filmes...
Essa circunstância realmente os torna
mais críticos, questionadores e participativos. Porém, nem todos conseguem
utilizar essas ferramentas de forma consciente e produtiva.
Os
pais, por sua vez, comparecem a escola para presenciar a apresentação de
trabalhos realizados por seus filhos apenas como observadores, sem
posicionamentos mais efetivos e críticos. Há, porém baixo índice de comparecimento nas reuniões solicitadas pela escola,
especialmente entre os pais cujos filhos freqüentam turmas do sétimo ano do ensino fundamental ao ensino médio.
O QUE O
PROFESSOR PODE FAZER PARA TER CONTROLE PERANTE SITUAÇÕES DE INDISCIPLINA?
SABEMOS
QUE PARA OBTER DISCIPLINA EM QUALQUER AMBIENTE EM QUE VIVEMOS NÃO PODEMOS
DEIXAR DE FALAR DE RESPEITO.
Segundo
Tardeli (2003), o tema respeito está centralizado na moralidade. Isso quer
dizer que cada pessoa tem, junto com sua vida intelectual, afetiva, religiosa
ou fantasiosa, uma vida moral.
E o
primeiro a atribuir um significado a moralização e inserir no conceito de ética
foi o filósofo Demócrito.
Sabemos que atualmente o papel do
professor dentro da escola é muito mais abrangente, pois ele precisa estar
atento às capacidades cognitivas, físicas, afetivas, éticas e para preparação
do educando para o exercício de uma cidadania ativa e pensante.
SERÁ QUE SABEMOS OUVIR NOSSOS
ALUNOS?
O
diálogo envolve o respeito em saber
ouvir e entender nossos alunos, mostrando a eles nossa preocupação com suas
opiniões e com suas atitudes e o nosso interesse em poder dar a assistência
necessária ao aperfeiçoamento do seu processo de aprendizagem.
É também compromisso do educador se
preocupar com a disciplina e a responsabilidade de seus alunos.
Para Piaget (1996), “o respeito constitui o
sentimento fundamental que possibilita a aquisição das noções morais” .Conseguimos atingir a responsabilidade,
desenvolvendo a cooperação, a solidariedade, o comprometimento com o grupo,
criando contratos e regras claras e que precisarão ser cumpridas com justiça.
O PROFESSOR PASSA A SE PREOCUPAR COM A MOTIVAÇÃO DE SEUS ALUNOS,
TENDO MAIOR COMPROMISSO COM SEU PROJETO PEDAGÓGICO E AS QUESTÕES AFETIVAS,
OBTENDO DESSA FORMA UMA RELAÇÃO VERDADEIRA COM SEUS EDUCANDOS.
1- Sob
uma visão Piagetiana, o professor que na sala de aula dialoga com seu aluno,
busca decisões conjuntas por meio da cooperação, para que haja um aprendizado
através de contratos, que honra com sua palavra e promove relações de
reciprocidade, sendo respeitoso com seus alunos, obtém dessa forma um melhor
aproveitamento escolar.
2- Segundo
Tardeli (2003), “Só se estabelece um encontro significativo quando o mestre
incorpora o real sentido de sua função, que é orientar e ensinar o caminho para
o conhecimento, amparado pela relação de cooperação e respeito mútuos”.
COMO AGIR
NESSA SITUAÇÃO? DE QUE FORMA AJUDAR?
NÃO
PODEMOS DEIXAR DE TER COMO FOCO EM
NOSSO
TRABALHO O SER HUMANO.
PRECISAMOS
VALORIZAR AS PESSOAS.
Uma
frase de Walt Disney ilustra bem essa idéia: “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso
do mundo... Mas é necessário TER PESSOAS para transformar seu sonho em
realidade”.
Estamos
envolvidos com pessoas em nosso dia a dia: alunos, professores, pais,
coordenadores, orientadores e diretores e, por isso, precisamos aprender a
trabalhar em equipe para obter uma instituição forte, competente e coesa.
A qualidade é obtida através do esforço de
todos os seus integrantes, onde cada profissional é importante e cada aluno
também.
A
escola é uma organização humana em que as pessoas somam esforços para um
propósito educativo comum.
O PAPEL DO
PROFESSOR NA BUSCA PELA 'DISCIPLINA'
São
nítidos os desafios que a disciplina coloca hoje para toda a sociedade,
principalmente para o professor, dada à importância que este possui para o
combate a indisciplina.
COMO
JÁ FORA VISTO ANTERIORMENTE , A DISCIPLINA É UM CONJUNTO DE REGRAS QUE SERVEM
PARA O BOM ANDAMENTO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR. PORTANTO, PODEMOS CONCLUIR QUE
ELA É UMA QUESTÃO DE QUALIDADE NOS RELACIONAMENTOS HUMANOS, SENDO TAMBÉM UMA
QUESTÃO DE QUALIDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO.
Diante de suas formas de expressão, causas e implicações, a indisciplina
escolar desafia os profissionais da educação a refletir, propor e repensar as
estratégias de ação pedagógica, já que a indisciplina não pode ser considerada
como um fenômeno estático.
A PREOCUPAÇÃO POR PARTE DOS PROFESSORES COM A INDISCIPLINA ESCOLAR
VEM AUMENTANDO
CADA VEZ MAIS.
Compõe a fala desses professores a queixa de que a
indisciplina é responsável pelo estresse entre eles e pelo insucesso muitas
vezes constatado no processo de ensino-aprendizagem.
As configurações
adquiridas pelas expressões de indisciplina na escola vem exigindo dos
profissionais da educação um repensar sobre seu conceito, que não mais pode ser
considerada como "problema de comportamento", conceito que deve ser
superado. Deve-se considerar:
..] a
indisciplina no contexto das condutas dos alunos, dentro ou fora da sala de
aula, nas diversas atividades pedagógicas, a dimensão dos processos de
socialização e relacionamentos que os alunos exercem na escola e também
considerar a indisciplina contextualizada o desenvolvimento cognitivo desses
alunos. (Garcia, 1999 p. 102).
A
VISÃO QUE SE TEM ATUALMENTE É DA INDISCIPLINA ENQUANTO FENÔMENO DE
APRENDIZAGEM.
Desta forma, aquele aluno considerado
indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras da escola, mas
porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas, atitudinais e
morais. (Garcia, 2002).
Assim,
a indisciplina tem que ser analisada e compreendida no contexto da relação
pedagógica em que a situação emerge, pois é nesse contexto que o professor pode
categorizar alguém ou algum ato como sendo indisciplinado
Portanto,
a indisciplina nos dias atuais deve ser vista como um "fenômeno interativo
que ocorre no contexto de sala de aula".(Amado, 2001 p.17).
DESSA FORMA, A INDISCIPLINA ESCOLAR ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA A
TUDO QUE DIZ RESPEITO AO ENSINO, AOS OBJETIVOS, ÀS PRÁTICAS E PERSPECTIVAS QUE
A ORIENTAM.
A
indisciplina relacionada a uma interpretação do poder nos oferece um
entendimento que varia de acordo com a interpretação que é dada à indisciplina
em sala de aula, pois o que pode ser indisciplina para um professor pode não
ser para outro (CURTO, 1998, p. 34).
Em um determinado momento, este
"intérprete", o professor, pode considerar um acontecimento como
indisciplina, ou não, como certo ou errado, justo ou injusto, criativo ou
desafiador (DELGADO e CAEIRO, 2005, p. 23).
Da
mesma maneira que a indisciplina pode estar relacionada à interpretação daquele
que pensa deter o poder — e que muitas vezes se confunde com a autoridade —,
ela pode fazer com que a noção de autoridade seja questionada.
A
indisciplina vivenciada por alguns docentes pode ser a evidência de que algo
está errado em sala de aula, seja pela postura de alunos que não fazem silêncio
durante as aulas, seja pela não-participação deles nas atividades.
A indisciplina, segundo
Vasconcellos (2004, p. 95), pode ser ativa, na qual o aluno faz bagunça, ou
passiva: quando o professor até consegue silêncio, mas não a interação com seus
educandos. Por essa razão, vislumbra-se a necessidade de uma
atitude interpretativa para a indisciplina escolar, levando-se em consideração
que pensar a indisciplina enquanto acontecimento de uma aula implica pensar numa multiplicidade de
aspectos, a começar pelo modo como os fatos são interpretados pelos indivíduos
intervenientes — para além das diversas situações de âmbito externo ao
processo (DELGADO e CAEIRO, 2005, p. 24).
PROFESSOR NÃO É O
ÚNICO DETENTOR DE PODER NA SALA DE AULA. OS ALUNOS TAMBÉM OCUPAM UMA POSIÇÃO
SOCIAL E DESENVOLVEM ESSE ATRIBUTO
Quanto
à noção de um contrapoder na escola, Curto (1998, p. 29-39) aponta que o
professor não é o único detentor de poder na sala de aula. Os alunos também
ocupam uma posição social e desenvolvem esse atributo.
Dessa
forma, docentes e discentes possuem poderes e objetivos que, muitas vezes, são
divergentes e podem desencadear conflitos, mas é em sala de aula que ambos os
poderes se confrontam.
A indisciplina escolar resultaria, segundo esse autor, do poder de
contestação dos alunos, tendo-se em vista os mais variados objetivos, dentre
eles, o ritmo da aula e do professor, os conteúdos programáticos, bem como o
distanciamento da escola e da aula ante a realidade do aluno.
NESTE PONTO, A INDISCIPLINA PODE ESTAR
ATRELADA AO PROFESSOR NA MEDIDA EM QUE SE FALA DE UM RELACIONAMENTO ENTRE
DOCENTE E ALUNO. Assim, ambos podem estar trabalhando em
conjunto no entendimento do que consideram indisciplina, já que essa
compreensão também está vinculada à interpretação dos sujeitos escolares.
Da
mesma maneira, entendemos que a indisciplina e autoridade docente podem estar
conectadas de forma produtiva, fazendo com que professor e aluno construam
conjuntamente o vínculo de autoridade e disciplina, entendendo que esta última
pode auxiliar nesse contínuo processo de construção.
Em geral, o trabalho docente é
compreendido a partir da equação "ensina-se algo, de alguma forma",
preocupando-se apenas com a associação dos conteúdos específicos e métodos
utilizados. Um terceiro fator deve ser acrescentado, o
da dimensão ética do trabalho docente. Assim, a fórmula pedagógica seria "ensina-se algo, de alguma forma, a alguém específico",
delimitando um valor humano e social a esta relação.
GRANDE PARTE DOS PROBLEMAS ENFRENTADOS HOJE,
RELACIONADOS À INDISCIPLINA EVOCAM A QUESTÃO DO "PARA QUÊ ESCOLA?"
Essa ideia que parece apontar na mesma direção
para a qual o aluno indisciplinado nos chama. Essa questão tem de estar muito
bem resolvida para os professores, profissionais privilegiados da educação, que
devem ter clareza quanto a seu papel e ao valor do seu trabalho.
Neste
sentido, é dever de todos da área educacional se preparar e, principalmente, se
disponibilizar a atender às demandas de todo o público discente.
Só
assim venceremos as barreiras de comportamento, unindo finalmente o real ao
ideal!
Fernanda
Lapenda Silveira
Pós-graduada
em Gestão Educacional
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