ÉTICA : OS PAIS SÃO OS MELHORES "PROFESSORES DE ÉTICA PARA OS FILHOS - Por que e como ensinar ética aos filhos / Ética é uma matéria que faz parte do aprendizado de vida, no qual os pais devem ser os melhores professores. Então, como se ensina ética? O que vai ser transmitido para os filhos não é o que se origina de um discurso verbal, MAS SIM O QUE SE É E COMO SE AGE.
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Por que e como ensinar ética
aos filhos
ÉTICA É UMA MATÉRIA QUE
FAZ PARTE DO APRENDIZADO DE VIDA, NO QUAL OS PAIS DEVEM SER OS MELHORES
PROFESSORES.
ENTÃO, COMO SE ENSINA
ÉTICA?
VIVEMOS EM UMA ÉPOCA TÃO RICA EM TECNOLOGIA
E TÃO POBRE EM ÉTICA.
Estamos criando "super bebês" e "super crianças", nascidas na era digital, precoces no seu desenvolvimento, ávidas de novidades, ligadas a muitos estímulos ao mesmo tempo e também capazes de muitas ações simultaneamente.
Nesse sentido, eles são muito diferentes de seus pais e de seus avós e bisavós. Cumpre incluir esses últimos, pois a idade média de vida tende a aumentar e o convívio, entre quatro gerações, passa a ser algo freqüente.
AS DIFERENÇAS NA FORMA DE VIVER A VIDA A CADA GERAÇÃO SÃO PROGRESSIVAMENTE CADA VEZ MAIS MARCANTES.
ENTRETANTO, PRINCÍPIOS, NORMAS E REGRAS DE CONDUTA SEMPRE FORAM E CONTINUARÃO A SER O QUE DISTINGUE A HUMANIDADE NO SER HUMANO E CONTINUARÃO IMPRESCINDÍVEIS PARA SEMPRE.
ÉTICA E MORAL SÃO ADQUIRIDAS
Ética e moral são adquiridas e não inatas, são próprias do homem que cria uma natureza moral sobre a sua natureza instintiva.
UMA PESSOA SÓ É ÉTICA QUANDO SE ORIENTA POR PRINCÍPIOS E CONVICÇÕES
É função inalienável dos pais transmitirem uma
conduta ética a seus filhos.
conduta ética a seus filhos.
ÉTICA É UMA MATÉRIA QUE FAZ PARTE DO APRENDIZADO DE VIDA, NO QUAL OS PAIS DEVEM SER OS MELHORES PROFESSORES.
ENTÃO, COMO SE ENSINA ÉTICA?
ENSINA-SE AQUILO QUE SE TEM
E AQUILO QUE SE É.
O que vai ser transmitido para os filhos não é o que se origina de um discurso verbal, MAS SIM O QUE SE É E COMO SE AGE.
Sabe-se que a criança é um perfeito sensor para captar o que se passa na mente dos pais.
A COLOCAÇÃO DOS LIMITES ADEQUADOS ÀS ATUAÇÕES DA CRIANÇA É UMA DAS FORMAS IMPORTANTES PARA SE ENSINAR CONDUTA ÉTICA.
O PODER DO “NÃO” DOS PAIS PARA OS FILHOS :
O "NÃO" É UM ORGANIZADOR FUNDAMENTAL DA VIDA PSÍQUICA E NECESSÁRIO PARA QUE A CRIANÇA SE DESENVOLVA.
Receber "não" significa ter que lidar com frustração, adiar satisfação de necessidade e entreter tensão interna. Além disso, esse mesmo "não", serve também para que a criança aprenda, por insistir no seu intento, alternativas inteligentes e aceitáveis para obter o que ela deseja.
APRENDE, ASSIM, A CONTROLAR IMPULSO, A REGULAR AS EMOÇÕES, A DESENVOLVER INTELIGÊNCIA E O RESPEITO PELO OUTRO.
Como a psicologia vem demonstrando, em inúmeros artigos publicados, limites fazem bem e são fundamentais para que o ser humano
UMA CRIANÇA, QUE VIVE SEM OS LIMITES ADEQUADOS, NÃO SE TRANSFORMA EM UM HOMEM ÍNTEGRO E LIVRE COMO SE ACREDITOU, INGENUAMENTE, DÉCADAS ATRÁS. AO CONTRÁRIO, SE TRANSFORMA EM ALGUÉM INCONSISTENTE,DESORIENTADO E DEPENDENTE.
POR QUE A CRIANÇA QUE APENAS RECEBE SIM, NÃO PRECISA FAZER CONFRONTOS, NÃO PRECISA EXERCITAR SUA INTELIGÊNCIA PARA BUSCAR ALTERNATIVAS PARA CONSEGUIR O QUE QUER, NÃO PRECISA LUTAR PARA CONVENCER OS PAIS DE QUE ELA ESTÁ CERTA.
TUDO É POSSÍVEL A PRIORI E ISSO A FAZ FRACA, MUITAS VEZES UMA TIRANA EM CASA E UMA COVARDE FORA DE CASA, POIS NÃO TEVE CHANCE DE VERDADEIRAMENTE LUTAR PELO QUE QUERIA E QUE FOI IMPEDIDO.
O CONFRONTO COM OS PAIS PREPARA A CRIANÇA
PARA OS CONFRONTOS
DA VIDA.
A CRIANÇA ENFRENTA OS PAIS PARA CONQUISTAR AUTONOMIA.
Essa batalha precisa ser gloriosa, logo , os pais têm que ser fortes, senão, não tem valor a luta.
Primeiro com birras (onde tem que perder para os pais) depois com argumentações (onde pode ganhar
muitas vezes).
QUEM NÃO PASSA POR ISSO, NÃO SABE O QUE QUER E FICA DEPENDENTE DA POSIÇÃO, DA COLOCAÇÃO DO OUTRO OU PARA SE SUBMETER OU PARA FAZER O CONTRÁRIO, POR NÃO TER DESENVOLVIDO REFERENCIAIS PRÓPRIOS.
NASCIDA LIGADA AO MUNDO DOS INSTINTOS E IMPULSOS, A CRIANÇA PRECISA APRENDER A TRANSFORMAR IMPULSOS EM AFETOS DISCRIMINADOS E ESSA É UMA TAREFA QUE PERDURA DURANTE TODA A INFÂNCIA E
MESMO DURANTE A ADOLESCÊNCIA.
NÃO SE TRATA DE ENSINAR AO FILHO SER
SEMPRE O "BONZINHO",
SEMPRE O "BONZINHO",
pois se corre o risco de ser o bobo, mas se trata de ensiná-lo a assumir a responsabilidade por suas ações, desde os primeiros tempos de vida.
TRATA-SE DE ENSINÁ-LO QUE OS LIMITES DE SEU PRÓPRIO ESPAÇO TERMINAM AO COMEÇAR O ESPAÇO DO OUTRO.
O MUNDO E O NOSSO PAÍS PRECISAM DE FAMÍLIAS, ONDE OS PAIS ENSINEM ÀS SUAS "SUPER CRIANÇAS" QUE OS BENS DE CONSUMO, A LIBERDADE INDIVIDUAL E A PRÓPRIA FELICIDADE SE CONQUISTAM COM CONDUTAS ÉTICAS E NÃO TENTANDO LEVAR VANTAGEM EM TUDO, PARA QUE NO FUTURO NÃO ACEITEM, POR EXEMPLO, A CORRUPÇÃO COMO UM MEIO JUSTIFICADO POR UM FIM.
Por Ceres Araújo ( Com adaptações de Marizete Cajaíba)
fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/filhos_limites.htm
Por Ceres Araújo ( Com adaptações de Marizete Cajaíba)
fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/filhos_limites.htm
PARA REFLETIR:
UMA PESCARIA INESQUECÍVEL
( ATRAVÉS DESSA MENSAGEM – OS PAIS PODEM REFLETIR SOBRE O VALOR DE UM NÃO NA HORA CERTA PARA UM FILHO – E O QUE ISSO TEM A VER COM A ÉTICA )
UMA PESCARIA INESQUECÍVEL
Reelaborado por Marizete Cajaíba
Ele tinha oito anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar com a família. A temporada de pesca só começaria ao anoitecer , mas pai e filho saíram no fim da tarde para apreciar as belezas do local.
Passou-se um tempo , o menino começou a brincar com o pai jogando o anzol no rio provocando ondulações coloridas na água , logo elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago,era mesmo encantador . Em um momento o caniço vergou,a linha ficou muito pesada e o menino gritava bem alto : pesquei !!! pesquei !!! pesquei !!!
O pai se emocionou com a alegria do seu quase rapazinho e olhava com admiração enquanto o garoto, habilmente e com muito cuidado, erguia o peixe da água. Era o maior que já tinha visto, sua felicidade não tinha tamanho , os dois curtiram muito aquele momento , até que o pai passou sorrateiramente os olhos na placa onde avisava que a pescaria só seria permitida a partir das dez horas, porém , faltavam ainda duas horas.
O garoto e o pai entreolharam-se e olharam para o peixe, tão bonito, tão grande ...O pai, então, mostrou o relógio para o garoto. Faltavam ainda duas horas para a abertura da temporada de pesca . Em seguida, olhou para o peixe e depois para o filho , e mesmo sabendo das conseqüências da decisão de que tomara, disse com firmeza :
_ Você tem que devolvê-lo, filho, a pesca ainda não é permitida.
_ Mas, papai, reclamou o menino, só faltam 2 horas !
_ Vai aparecer outro, insistiu o pai, solte-o agora.
_ sim, mas não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar entristecido para o pai, questionando-o e o pai se manteve irredutível e disse-lhe :
_ devolva o peixe !
O garoto cumpriu o desejo do pai , e ,sinceramente naquele dia não entendeu por que o seu pai o fez soltar aquele peixe mesmo sem ninguém por perto, mas sabia, que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água, enquanto as lágrimas desciam pelo seu rostinho triste . O peixe então,movimentou-se rapidamente e desapareceu pelas águas prateadas do rio. Naquele momento, o menino teve certeza que nunca mais pescaria um peixe tão grande e bonito quanto aquele.
Isso aconteceu há muitos anos. Hoje, o garoto , homem feito é um arquiteto bem-sucedido, ele ainda vai com o seu pai, já um pouco idoso para pescar no mesmo cais.
A sua intuição estava correta, já pescou depois daquele dia centenas de peixes , mas nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite da sua pescaria inesquecível.
Porém, aquela pescaria se tornou inesquecível, mas não pelo fato de ter devolvido o peixe, mas pela lição que aprendeu com o seu pai , pois sempre vê o “mesmo peixe”, todas as vezes que se depara com uma “questão de ética” , lembrando-se muito bem do que o pai lhe ensinou naquela pescaria :
“AGIR CORRETAMENTE” .
Sempre que pinta uma situação entre “agir certo ou agir errado”, mesmo que “o peixe” seja maravilhoso, e mesmo que ninguém o esteja observando, ele não pensa duas vezes para
“devolvê-lo à água".
ESTA CONDUTA SÓ É POSSÍVEL, QUANDO DESDE CRIANÇA “APRENDEU-SE A DEVOLVER O PEIXE À ÁGUA” E A BASE PARA ISSO VEM DOS PAIS QUE ENSINOU O FILHO A “PESCAR NA HORA CERTA”.
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